quarta-feira, julho 04, 2007

 

Contabilidade 10: Lógica Fuzzy e a ausência de controle de assinaturas.

Da série "posts que ninguém lê mesmo".

Na minha profissão se escuta de um pouco de tudo. Aliás, muito de tudo. Vamos colocar o cenário: empresa automobilística gigante, engenharia de produtos.

Bom, num ambiente carregado de engenheiros até as tampas, era esperado que a lógica fosse imperativa no lugar. Bom, eu carregando minha maletinha de técnicas manjadas e reviradas, acabei por chegar a revisão de um processo onde contava com a assinatura de um documento.

A praxe é a contra-prova da assinatura por um departamento conferente. Nesse departamento, devidamente segregado do departamento de origem, teria um cartão de assinaturas onde constaria as assinaturas e rubricas das pessoas responsáveis por aprovar tal documento.

Esse cartão de assinaturas não existia. Assim simples.

Retorno ao meu querido cliente com esse questionamento, e pergunto da utilidade das assinaturas neste documento (uma vez que até um controle paralelo eletrônico existia) uma vez que não é checado com relação as assinaturas "padrão".

Num raciocínio lógico e carteziano, tento explicar a deficiência do controle. Ok, estou num ninho de engenheiros! Isso é fácil...

Fácil? Que nada! Quando perguntei qual a utilidade, o caboclo me solta um "os controles de assinatura seguem uma lógica fuzzy".

Pausa. Dois dias depois...

Estou eu matutando, mas que diabos ele quis dizer com seguindo uma lógica fuzzy?

Bom, minha heroína para momentos de aperto - Wikipedia, respondeu:

"Fuzzy logic is the same as "imprecise logic"."

Em resumo: A lógica dos controles internos é imprecisa. Essa foi a escabrosa conclusão que eu recebi de um racional e lógico engenheiro, que está preocupado em projetar os carros em que você dirige e sofre acidentes. Ele "mais ou menos" te protege?

Pode?

Bom, o ponto continuou válido, por outros motivos.

Uma pedra lançada com efeitos,

BBK

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Eu não só li como estou escrevendo este comentário: se precisar de ajuda fale com o meu pai, porque o doutorado dele foi justamente sobre lógica nebulosa ("fuzzy") aplicada à auditoria.
Mas também foi só porque tinha "lógica fuzzy" no título que eu li, hehe =)
 
Detalhe: Qual a trajetória da pedra que vc lançou, se ela segue uma lógica fuzzy? Se vc desconsiderar o atrito, e o fato da "imprecisão", logo, temos uma trajetória caótica que pode ter uma fase com e sem estabilidade, dependendo se há ou não documentos com assinaturas que garantam a estabilidade da trajetória da pedra atirada, ou seja...
B, os engenheiros não sabem de nada. Ainda bem, pq se soubessem, coitado do mundo...
rs - ah e dá uma olhada se a opção existe:"se escuta de um pouco de tudo" (errado) ou é "se escuta um pouco de tudo" (o lógico), ou "se escuta de um pouco, tudo"...a ultima é correta?
rsrs olha a lógica fuzzy...vc é realmente o exemplo..srsrsr
 
Juno,
Você só pode estar brincando! Me manda agora a tese de doutorado dele!

Beijo!
 
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