sexta-feira, abril 28, 2006

 

Contabilidade 7: Desinvestimentos de Ativos

Prezados,
Existe uma regrinha no IAS (International Accounting Standards) que anda incomodando muita gente, em especial aquelas empresas que querem reduzir a quantidade de ativos registrados em seus balanços, com o objetivo de aumentar o retorno sobre investimento (ROI).

Essa regra trata-se do aluguel/leasing de ativos fixos construídos específicamente para a operação dessa empresa, onde o mesmo não pode ser somente reconhecido como custo de aluguel, e, sim, tem que ser incorporado aos ativos fixos da empresa. Ao cumprir com essa regra, perdemos os benefícios de um contrato como o "lease back", onde vendemos nosso ativo para alguém que vai nos "alugar de volta".

Vamos aos truques para que não se perca o esforço da operação anterior.

Caso o seu imóvel seja realmente específico, faça subdivisões. Afinal, qualquer um pode usar o terreno de uma câmera fria. Mesmo se ela se encontre enterrada num monte de outros terrenos menores. "Dividir para conquistar!" Pinte uma faixa no chão. Já está bom.

Seguindo ao pé da letra, o custo do aluguel em relação ao valor vendido do ativo não pode ser maior que o custo de capital da empresa. Ou seja, se o valor do aluguel é de 1% - o padrão do mercado, o custo de capital tem que ser maior que isso. No Brasil, isso é baba, e agradeça ao custo Brasil.

Mas a correção desse valor é uma facilidade. Use um índice que suba pelas paredes. Afinal, o seu parceiro-fantástico-e-amigo-do-peito não pode sair perdendo dinheiro, né? Só tenha certeza que esse índice seja mais lucrativo que sua empresa. Afinal, os índices são todos questão do acaso...

No contrato, faça uma cláusula de desistência. Óbvio, faça-a com valores astronômicos, afinal, quem é que vai topar adquirir sua fábrica/depósito se você vai desistir pagando somente dois aluguéis? O montante tem que ser igual, ou maior ao total a ser depreciado do bem. Se decidirem por cancelar o contrato, tudo já estará resolvido. Com direito a aposentadoria.

Uma pedra,

BBK

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sábado, abril 15, 2006

 

Conhecimento

Tem horas em que é bom entender de cerveja: demonstra seu conhecimento sobre os negócios e cultura em geral. Mas é muito tênue a linha que separa o conhecimento técnico do porre. E corra quem puder com sua imagem.

Sem pedras,

BBK

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