quarta-feira, outubro 15, 2008

 

Não tem preço

(da série viagens incríveis)

Ir numa terça-feira e voltar numa quinta-feira para a Argentina sem direito a uma voltinha em Porto Madero: BRL 1.000

Taxi para Quilmes, a "Guarulhos" de B.A.: ARS 200

Quase ser roubado por um trambiqueiro no aeroporto (quase): ARS 100

Ficar 3 dias nesse fim de mundo: ARS ??? (a cobrança do hotel vai direto para a empresa).

Comer empanada de janta e não um bife de chorizo: ARS ??? (eles pagaram)

Ficar até 10:00hs da noite no trampo: ARS ??? (não cobro hora extra)

Ver os argentinos sofrerem prá cacete com o dolorido 1 x 0 para o Chile: NÃO TEM PREÇO!

(placar na hora do post - tava engraçado)

Corre Boludo!

Piedras,

BBK

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quarta-feira, outubro 01, 2008

 

Millennium songs

(da série drunk writing)

Fudeu! Estou embreagado assistindo MTV no quarto do hotel. Aliás, bebedeira envolvendo hotéis é uma constante em minha vida. Que lixo.

Depois de gravar um vídeo no banheiro de Drnk –talvez o registro mais “acurado” dessa música que já fiz – que, a propósito tem seus 10 anos já já – e depois de uma conversa com o Murillo, quero levar a cabo a questão das músicas da virada do milênio.

Já tinha percebido isso ante. Mas o estopim da noite foi ver, num MTV classic, Placebo, PJ Harvey e Primal Scream. Cacete, eles eram as músicas da virada do milêenio.

Ta batendo nostalgia! Cacete!! Estou com nostalgia da virada do milênio! Foi a época mias criativa dos trocentos movimentos eletrônicos. Clubbing era a moda. Enchia a cara nas Stereos da vida. Meu amigos viravam bichas e eu olhava aquilo tudo num sentimento misturado de frisson (que gay) e conservadorismo..

Na virada do milênio, era permitido flertar com o ½ da música. As notas era todas de sintetizadores que bebiam nos anos 70. Até o Barão Vermelho soltava seu “Ouro Êxtase”.

Era o auge, mesmo que seja em 2001, do Wisebugs (que Deus o tenha). Onde uma linha de baixo repetitiva faria um sucesso entre as pessoas da banda que nem eu acreditava. (Caralho Pablo, volta para o Brasil! Larga essa porra de bicicleta! E tira o Gustavo do limbo, se é ele sobreviveu até esses dias. Tou cansado de dar um Google e tudo o que eu vejo é um site alemão tosco com um catalogo do Try Me).

As músicas da virada do milênio se acabaram. As baladas de música eletrônica agora concentram os temíveis tiozinhos nos seus 30 anos. Entre as panças cansadas, e as balzaquianas que seguiram descolorando suas madeixas com um diferente objetivo – esconder os fios brancos – não somos mais o que há de mais moderno. Para quem não sabe, esse começo da geração Y – ou fim da geração X – perdeu seu passo, e segue tentando olhar para os mais novos como parte do assunto, e descriminaliza-se em relação em relação a geração mais antiga – que curtiu os anos 80 em seu ápice.

Minha geração travou-se no meio – stuck in the middle. O Lala’s censura o retro. O Murillo puza as baladas – que o Cris às censura. O Cris travou nos anos 90 – com o ápice do Grunge e do Beavis e Butt-head. E é censurado pelo Lala’s, que segue censurando o Murillo pelas músicas eletrônicas. Mas que é parceiro do Lou e da Fabi – essa última uma das espécies em extinção dos clubbers – que são censurados pelo Lala’s, que censura o Cris com as revelações da inevitável dominância dos Nerds.

Infelizmente, as músicas da virada do milênio já estão mais próximas de Led Zeppelin do que qualquer coisa que está sendo produzida no momento. Não desmerecendo. A verdade é que quando vemos que os álbuns que fizeram os nossos 18 anos já tem 10 anos nas costas nos dói profundamente vemos quanto o tempo é impecável, e sem piedade.
Parece que foi ontem que entramos na Flight mediante mendicância na porta. Tudo para obter 10 reais de um anônimo – que deve estar devidamente registrado pelo livro do Santo Laerte, marcando nosso “nem tanto” selvagens 18 anos de idade.

Merda! Isso é que é nostalgia pra cacete. São as canções da virada do milênio nos castigando com 10 anos nas costas.

Não estou preparado para morrer com 27, como morreu Marlin Monroe, Jim Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain...

Benditas ou malditas escolhas.

Stuck in a training in Angra. Cheio de gringos, com as cervejas e os vinhos inclusos.

E o melhor que consigo é me atualizar escrevendo um texto emo.

Que merda.

Vou dormir.

“I’m the key to the lock in your house that keep your toys in the basement.”

BBK

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