quarta-feira, dezembro 21, 2005
Contabilidade 3: Passivos Omissos
Uma excelente forma de se aumentar resultados é não registrar dívidas, ou postergar seu registro para anos seguintes. Nossa aula de hoje é para empresas que trabalham com bônus para distribuidores e revendas, mas pode ser utilizado para qualquer outro quesito em que exista um bônus variavel envolvido.
Para se aumentar o lucro líquido de uma empresa, contabilmente falando, basta-se reduzir as despesas, certo? Portanto, na linguagem dos auditores, a nossa sugestão é de como evitar o teste de passivos omissos através do uso de contratos de bônus a distribuidores.
O teste de passivos omissos constitui na vista de todos os pagamentos efetuados pela empresa entre a data de fechamento (via de regra 30 de Dezembro, para nosso exercício) até a data do final dos trabalhos de campo (quando a equipe for competente o suficiente). Colocaremos, então, por exemplo, dia 20 de Fevereiro do ano seguinte. Olha-se todos esses pagamentos e verifica-se se os mesmos foram registrados no seu periodo de competência, no ano anterior.
Os pareceres de auditoria são sempre corridos, e existe uma pressão enorme para a sua publicação, seja na CVM ou no Jornal, ou reporte para matriz, os dead-lines são claros e exigentes.
Nossa “estratégia” para reduzir as despesas registradas é tomar partido dessa pressão/dead-line estabelecido para a filial que estiver administrando.
O contrato a ser estabelecido, possui um critério de avaliação de volume descasado com o fechamento contábil, ou seja, por exemplo, 31 de Março do ano subseqüente.
Coloca-se as metas de venda da seguinte forma, por exemplo:
Atingimento de 80% - Bônus Zero.
Atingimento de 90% - Bônus 5.000.000
Atingimento de 100% - Bônus 10.000.000
Assim sendo, o que acontece? No fechamento do ano, em 31 de Dezembro, não existe nada a pagar para o distribuidor, certo? Numa expectativa básica, nessa data, o atingimento dele máximo é de 75% do ano, ou seja, 9 meses de venda.
Damos uma margem de uns 5% para “agüentarmos” até a data das revisões.
Porém, como seu contrato avalia o ano todo somente em Março, na data corte, não se deve provisionar nada, portando, não se faz lançamentos a despesa no resultado, e o seu lucro líquido, mágicamente, aumentará no fechamento.
Em Março, finalmente, você já terá o parecer auditado e entregue para quem for, e quando efetivamente fizer o pagamento, já terá transferido suas despesas de um ano para o outro, sem ter maiores transtornos para a obtenção de seu parecer.
Preste atenção: tenha isso bem acordado com seu distribuidor. Afinal, você não vai querer que ele atinja as metas com o pico do natal, vai?
Uma pedra,
Para se aumentar o lucro líquido de uma empresa, contabilmente falando, basta-se reduzir as despesas, certo? Portanto, na linguagem dos auditores, a nossa sugestão é de como evitar o teste de passivos omissos através do uso de contratos de bônus a distribuidores.
O teste de passivos omissos constitui na vista de todos os pagamentos efetuados pela empresa entre a data de fechamento (via de regra 30 de Dezembro, para nosso exercício) até a data do final dos trabalhos de campo (quando a equipe for competente o suficiente). Colocaremos, então, por exemplo, dia 20 de Fevereiro do ano seguinte. Olha-se todos esses pagamentos e verifica-se se os mesmos foram registrados no seu periodo de competência, no ano anterior.
Os pareceres de auditoria são sempre corridos, e existe uma pressão enorme para a sua publicação, seja na CVM ou no Jornal, ou reporte para matriz, os dead-lines são claros e exigentes.
Nossa “estratégia” para reduzir as despesas registradas é tomar partido dessa pressão/dead-line estabelecido para a filial que estiver administrando.
O contrato a ser estabelecido, possui um critério de avaliação de volume descasado com o fechamento contábil, ou seja, por exemplo, 31 de Março do ano subseqüente.
Coloca-se as metas de venda da seguinte forma, por exemplo:
Atingimento de 80% - Bônus Zero.
Atingimento de 90% - Bônus 5.000.000
Atingimento de 100% - Bônus 10.000.000
Assim sendo, o que acontece? No fechamento do ano, em 31 de Dezembro, não existe nada a pagar para o distribuidor, certo? Numa expectativa básica, nessa data, o atingimento dele máximo é de 75% do ano, ou seja, 9 meses de venda.
Damos uma margem de uns 5% para “agüentarmos” até a data das revisões.
Porém, como seu contrato avalia o ano todo somente em Março, na data corte, não se deve provisionar nada, portando, não se faz lançamentos a despesa no resultado, e o seu lucro líquido, mágicamente, aumentará no fechamento.
Em Março, finalmente, você já terá o parecer auditado e entregue para quem for, e quando efetivamente fizer o pagamento, já terá transferido suas despesas de um ano para o outro, sem ter maiores transtornos para a obtenção de seu parecer.
Preste atenção: tenha isso bem acordado com seu distribuidor. Afinal, você não vai querer que ele atinja as metas com o pico do natal, vai?
Uma pedra,
domingo, dezembro 11, 2005
Duas estratégias furadas
Bom, hoje quero falar de duas estratégias e Marketing "natalino" que estão por aí.
A primeira é a da Sadia, que invetou "o melhor companheiro do peru - o Fiesta". Mas que diabos é o Fiesta? Bom, o Fiesta não passa de um Chester (que é marca registrada da Perdigão) sendo "fabricado" pela Sadia.
A comunicação dos caras é tão ruim, que ninguém sabe o que é que eles estão vendendo.
Uma estratégia melhor, seria tentar tornar um produto sem marca, uma vez que a Sadia não pode usar algo como "Fiesta, o Chester da Sadia".
A estratégia seria mais como "Fiesta, o frango alterado geneticamente da Sadia" ou qualquer outro termo "técnico" para identificar o produto de forma ao consumidor associar um produto ao outro.
Exemplo clássico disso na história é o Leite Moça virou leite condensado na boca dos maitrês.
E o outro caso é o da Pepsi Twistão. Essa é uma Pepsi nova, com mais sabor de limão, que você já deve ter visto em Outdoors por aí.
O erro da Papsi não está em Marketing necessáriamente, mas sim em logística. Simplesmente não tem em lugar nenhum. Restaurante algum tem o produto, e são poucos os supermercados que estão recebendo o produto. Gerar demanda e não efetuar vendas é o maior erro que se pode cometer em vendas.
Uma pedra,
BBK
A primeira é a da Sadia, que invetou "o melhor companheiro do peru - o Fiesta". Mas que diabos é o Fiesta? Bom, o Fiesta não passa de um Chester (que é marca registrada da Perdigão) sendo "fabricado" pela Sadia.
A comunicação dos caras é tão ruim, que ninguém sabe o que é que eles estão vendendo.
Uma estratégia melhor, seria tentar tornar um produto sem marca, uma vez que a Sadia não pode usar algo como "Fiesta, o Chester da Sadia".
A estratégia seria mais como "Fiesta, o frango alterado geneticamente da Sadia" ou qualquer outro termo "técnico" para identificar o produto de forma ao consumidor associar um produto ao outro.
Exemplo clássico disso na história é o Leite Moça virou leite condensado na boca dos maitrês.
E o outro caso é o da Pepsi Twistão. Essa é uma Pepsi nova, com mais sabor de limão, que você já deve ter visto em Outdoors por aí.
O erro da Papsi não está em Marketing necessáriamente, mas sim em logística. Simplesmente não tem em lugar nenhum. Restaurante algum tem o produto, e são poucos os supermercados que estão recebendo o produto. Gerar demanda e não efetuar vendas é o maior erro que se pode cometer em vendas.
Uma pedra,
BBK
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Aprovado desconto no IPTU com nota fiscal
Aprovado desconto no IPTU com nota fiscal O paulistano terá desconto de até 50% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) se solicitar nota fiscal por serviços prestados na cidade. A Câmara Municipal aprovou ontem o projeto de lei, do prefeito José Serra (PSDB), que concede o desconto a partir de 2007 a quem exigir o documento ao longo do próximo ano.
Para ter direito ao benefício, o consumidor terá de solicitar as notas fiscais de pessoas físicas ou jurídicas que paguem ISS (Imposto Sobre Serviços) e estejam cadastradas na prefeitura.
A administração criou um mecanismo que dá um crédito ao consumidor que gerará o desconto no IPTU. Com o mecanismo, deve elevar a arrecadação do ISS.
A fórmula começa quando o consumidor paga por serviço prestado ou contrata um profissional autônomo registrado na prefeitura. Vale, por exemplo, nota de academia, advogado, clínica médica, hospital, dentista, escola, cabeleireiro ou veterinário.
No estabelecimento comercial, o contribuinte deverá exigir a emissão da nota eletrônica, com o cadastro feito diretamente na página da prefeitura na internet (www.prefeitura.sp.gov.br).
Se o prestador de serviço não tiver acesso à internet, a nota fiscal deverá ser impressa com o número do CPF do consumidor, e este deverá posteriormente lançar o registro no sistema da prefeitura.
O desconto no IPTU será proporcional ao ISS pago no serviço. O valor variará de 10% para serviço feito por pessoa jurídica a 30% para serviço de pessoa física. Por exemplo, se o contribuinte contrata consultoria por R$ 1.000, o ISS a ser pago sobre o serviço é de R$ 50 (5%). Ao solicitar a nota fiscal, o contribuinte passa a ter um crédito de R$ 15 (30% sobre o valor do ISS pago), que servirá para abatimento no IPTU de 2007.No fim de 2006, a prefeitura somará o crédito acumulado. O teto de desconto será de 50%.O contribuinte poderá indicar qualquer imóvel para o abatimento no carnê do IPTU 2007, mesmo que não seja o dono. Será possível apontar uma casa ou apartamento de parente ou amigo. O desconto só não será permitido para imóveis com imposto atrasado.
A gestão Serra estima aumentar a arrecadação do ISS em R$ 80 milhões, trazendo sonegadores de ISS para a legalidade.
Galera, a fonte é boa, mas não auditado :-D E finalmente algo com bom senso - cobrar menos para arrecadar mais.
BBK
Para ter direito ao benefício, o consumidor terá de solicitar as notas fiscais de pessoas físicas ou jurídicas que paguem ISS (Imposto Sobre Serviços) e estejam cadastradas na prefeitura.
A administração criou um mecanismo que dá um crédito ao consumidor que gerará o desconto no IPTU. Com o mecanismo, deve elevar a arrecadação do ISS.
A fórmula começa quando o consumidor paga por serviço prestado ou contrata um profissional autônomo registrado na prefeitura. Vale, por exemplo, nota de academia, advogado, clínica médica, hospital, dentista, escola, cabeleireiro ou veterinário.
No estabelecimento comercial, o contribuinte deverá exigir a emissão da nota eletrônica, com o cadastro feito diretamente na página da prefeitura na internet (www.prefeitura.sp.gov.br).
Se o prestador de serviço não tiver acesso à internet, a nota fiscal deverá ser impressa com o número do CPF do consumidor, e este deverá posteriormente lançar o registro no sistema da prefeitura.
O desconto no IPTU será proporcional ao ISS pago no serviço. O valor variará de 10% para serviço feito por pessoa jurídica a 30% para serviço de pessoa física. Por exemplo, se o contribuinte contrata consultoria por R$ 1.000, o ISS a ser pago sobre o serviço é de R$ 50 (5%). Ao solicitar a nota fiscal, o contribuinte passa a ter um crédito de R$ 15 (30% sobre o valor do ISS pago), que servirá para abatimento no IPTU de 2007.No fim de 2006, a prefeitura somará o crédito acumulado. O teto de desconto será de 50%.O contribuinte poderá indicar qualquer imóvel para o abatimento no carnê do IPTU 2007, mesmo que não seja o dono. Será possível apontar uma casa ou apartamento de parente ou amigo. O desconto só não será permitido para imóveis com imposto atrasado.
A gestão Serra estima aumentar a arrecadação do ISS em R$ 80 milhões, trazendo sonegadores de ISS para a legalidade.
Galera, a fonte é boa, mas não auditado :-D E finalmente algo com bom senso - cobrar menos para arrecadar mais.
BBK