sexta-feira, junho 06, 2008

 

A guerra de fronteiras com o Canadá

(da série textos antigos que não fazem o menor sentido...)

(...)
Curiosamente, uns quatro meses antes do bloqueio comercial, sonhei que o Brasil estava em guerra com o Canadá. Detalhe, guerra de fronteiras. Outro detalhe, meus sonhos, como a maioria dos sonhos, não tem sentido. Preocupo-me em deixá-los registrados.

Pois bem, guerra contra o Canadá.

Este sonho de guerra contra o Canadá foi muito interessante. Como alguns já sabem, minha rua é bem plana, e é uma travessa da marginal do rio Pinheiros, alguma rua logo depois da ponte da Cidade Universitária, com muitas árvores por toda a sua extensão. Minha casa fica mais ou menos no meio do quarteirão, ela tem muros de cerca de dois metros e meio, por mais ou menos uns oito metros e termina com um grande portão de madeira de mais ou menos três metros. Sim, o portão é maior que o muro, só que tem uma laje que dá o seu acabamento. Não é feio, mas particularmente não o acho bonito em relação a nossa casa.

Bom, depois dessa descrição que todos odeiam ler, vou contar o ocorrido.

Estava saindo de casa, num dia ensolarado, e, já quando estava passando pelo portão, uma Kombi branca, com um brasão do exército na porta passa velozmente pela rua atrás de um coronel que por ali morava. Detalhe, até aonde eu sei, não morava ninguém do exército naquela rua,e a única pessoa que tinha algum cunho político era o vice-prefeito da gestão Erundina da cidade.

Tendo a Kombi passado sem ter achado ninguém, comecei a caminhar para a esquina. Fecho o portão, e logo após ter dado os primeiros passos, escuto um barulho vindo na minha direção.
O meio da calçada, vindo da direção do rio, estava rachando, como se alguma coisa passasse, bem parecido com o Pernalonga por baixo da terra, levantando e quebrando todo o cimento, deixando a mostra as pedras que uma vez formou a calçada.

Então, na frente do meu portão levanta uma espécie de pino de metal, com um metro, mais ou menos de altura, por uns trinta centímetros de diâmetro. Eu deveria desenha-lo. Pareceu-me ser de aço escovado ou titânio. Na sua ponta, possuem três abas, parecendo pás, perpendiculares ao pino, feitas de um material verde translúcido, que começa a iluminar e girar, como se estivesse rastreando algo.

Como se olhasse do alto, vejo que vários desses pinos atravessam a rua, e vão parando em diversos pontos diferentes, mais ou menos um a cada cem metros.
Continuo andando e quando estou na esquina, com todos aqueles radares, escuto um estrondo, e uma esquadrilha de aviões anfíbios se levanta do rio. Todos eles se parecem com caças, muito flexíveis e versáteis, com curvas arredondadas e parecem ser feitos do mesmo material que os radares.

Eu perdi a conta de quantos se levantaram do rio. Acredito que levantaram uns dois aviões por quarteirão, em quase toda a extensão da rua. Um deles andou, ou melhor, voou baixo, um pouco acima das árvores pela minha rua, chegou até a esquina. Acredito que todos os outros fizeram o mesmo.

Quando chegou até a esquina, derrapou no ar, para poder para-lo. E ficou parado no ar, ficando em direção ao rio.

Abaixou lentamente o bico, como se o piloto procura-se algo. Particularmente, o militar que deveria estar na área. Não achando nada, ele começou a atirar em toda a rua, para destruir o asfalto. E foi assim, atirando, que ele retornou até o rio, acelerando, e quando chegou no rio, ganhou um pouco de altitude e mergulhou no rio.

(...)

Paleolíticas,

BBK

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