Apedrejando BuBKa

De vez enquando é bom escrever pontos de auditoria com um bom valor ético, que façam a vida dos outros melhores ou mude os controles ambientais.

Saiu um ponto assim recentemente:

Dependendo do ambiente em que está auditando, o clima é favorável para que as pessoas venham reclamar da vida para a auditoria, esperando uma ação para resolver os problemas do dia-a-dia que ficam encostado em suas mesas.

Uma dessas reclamações foi referente a férias assinadas e não gozadas.

Algumas empresas tratam de cancelar as férias de seus funcionários, porém muitas delas fazem com que o funcionário assinem os recibos. Isso pode acabar culminando em um processo trabalhista, na saída desse funcionário, sendo mais custoso para a empresa.

Para efeitos legais, o recibo assinado pode representar que o funcionário de fato tirou férias. Porém, como muitos juízes já sabem dessa prática, desconsideram o recibo na hora de dar seu veredito.

Mas como é que um auditor pode falar que um fulano estava trabalhando de fato?

O cartão de ponto também não funciona. Esse funcionário não vai passar o cartão nesses dias. Orientação do chefe! Óbvio.

De uma amostra simples, de pessoas que reclamaram disso de uma forma ou de outra. As vezes, só conversando de viagem, uma cara mais triste a respeito das "últimas férias" já indica que alguma coisa está errada no ar.

Bom, a graça da vez foi pedir o log de acesso ao sistema. Dedo-duro irrefutável.

O twist carpado é: e se o sistema não tiver um log aqui? Bom, aí é a caixa de e-mails. Mandou e-mails de trabalho é batata.

Mas (sempre tem um mas)...

Ainda pode ser alegado o compartilhamento de senhas. Ponto por ponto, na pior, é isso que escrevemos. Não será o caso dessa vez, though...

Em resumo, sr. administrador: mantenha o seu log limpo. Se for para tirar o sangue de seus funcionários, faça a coisa certa, e não deixe rastros.

E, sr. funcionário: se quiser "pegar" o seu chefe, coloque seu e-mail pessoal em cópia ;-).

Uma pedra trabalhista,

BuBKa

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