domingo, fevereiro 04, 2007

 

Sabe aquela sexta...

Então, ela passou.

(esse vai ser um post recheado de palavrões. Normalmente eu sou um cara polido, mas hoje não vai dar)

E teve um desfecho filha da puta. Ainda estou com o desdobramento entalado na minha garganta.

Vamos a história:

Depois de tê-la buscado em casa, e sem muito saber o que fazer, comecei o ritual de ir para o estúdio. Uma conversa sem sal e etc, como era de se esperar no estado atual de nosso relacionamento.

Quando chego ao estúdio e paro o carro, dois meliantes filhos de duas putas resolvem me assaltar. Querem o carro. Eu não vejo arma nenhuma e resolvo reagir. Cagada número um. Empurro a porta contra o cara e tento fechar o carro, mas não dá certo.

Cagada número dois: Resolvo negociar. Tudo o que eles querem é uma escapada da polícia porque dizem que tinham roubado um dentista. Uma carona até a Anhanguera e que lá estariam tranqüilos para ir embora. O idiota aqui aceita, achando que é uma boa negociação. Me fodi de novo.

Eles entram no banco de trás do carro e vamos até a estrada. Queriam ficar no segundo ponto de ônibus. O trouxa acreditando que eles ficariam “tranquilamente” esperando um ônibus, sendo que já haviam falado que queriam meu carro.

Eu e a garota os levamos até lá. Quando encostamos o carro, na minha terceira cagada, tinha acreditado que de fato eles sairiam do carro para tomar um ônibus qualquer. Ledo engano. Óbvio que queriam a droga do carro. E o estúpido aqui ainda insistindo no acordo prévio. Cagada número três.

Forçaram-me a entregar a carteira e o celular, e aí foi uma chuva de socos e pontapés. No meio disso tudo, consegui botar a carteira e o celular de volta ao bolso, e sair do carro.

Ainda quis o baixo, que estava no banco de trás. Em vão, o idiota aqui acreditou que eles iriam jogar na estrada para eu pegar... Yeah right. O mais foda mesmo foi o baixo, que era de estimação, herdado do falecido irmão do meu pai. Toca comprar um novo agora.

A patroa ficou sem a bolsa, que tinha 600 reais dentro. “Era para pagar a faculdade” Ficou sem a grana, sem documentos e sem celular. Sabadão passou no Poupa-Tempo.

Liguei para o meu pai, e um cara no ponto de ônibus ligou para a polícia. Nem tive chance de agradecê-lo.

Meu pai chegou logo depois assim como a polícia. Direto para o DP, fazendo BO até as 2:00 am.

No Sábado, acordei com dores na costela e no rosto. Toca para o Hospital, com direito a maratona em 4 especialistas. Até uma japinha neurologista para saber se eu tinha ficado mais retardado ou não eu passei. Com direito a marteladinha no joelho. Conclusão numérica: 2 costelas trincadas, 2 injeções, 5 dias de remédios, 7 dias de licença e 30 dias de dinheiro do seguro.

Cada vez que tenho que lembrar a história, penso em outras formas de como poderia ter sido melhor ou pior o desfecho da história... Isso é o que realmente me abala emocionalmente: desde ter enchido um dos caras de porrada, até a brincadeira com a vida da garota.

E quero aproveitar para agradecer a compaixão de todos os presente para quem passou em casa e tomou cerveja na minha frente e eu só fiquei sentindo o cheiro. :-D

O desfecho do romance? Ficamos juntos. Deixa a poeira assentar.

A Rocha*,

BBK


PS: Cris, seu baixo funciona, mas é ruim de mais... Acabei por usar um emprestado do estúdio! Obrigado, anyways...



*Apelido dado ao presídio de Alcatraz-São Francisco; vide filme de mesmo nome.

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