sexta-feira, dezembro 15, 2006

 

Sou as linhas tortas

Da série: Escrevendo Bêbado.

Primeiro: Ok, confirmado: sou dos bêbados donos da verdade. Mas acho que não da linhagem machões.

Segundo: Minha resolução, inevitavelmente, vai me dar dor de cabeça.

O cenário: Um mal entendimento do convite para o aniversário do diretor me levou a uma balada aonde, até o presente momento, não me forneceu comida o suficiente. Tenho fome

Os personagens: Minha namorada, a ex/atual esposa do diretor, o gerente, o diretor, o gerente sênior e mais uma porção de gente que causei me muito motivo.

A história:
OK, lá estou eu.
Vamos iniciar a história fantástica saindo do novo apartamento do meu cliente. Hora: 20:40.

O convite dizia: A Marcenaria, chegarei às 21:00. Uma mescla de restaurante e bar, com música ao vivo. Assinado, o diretor.

20:50: Chegando à casa da vovó, com direito a estacionamento privativo, com chave da garagem. Na vaga que definitivamente é a melhor da Vila Madalena. Indiscutível e auditável.

21:20: Telefonema da namorada. “Mô, é um jantar com o pessoal da empresa. Meia noite, no máximo, volto para casa.

21:30: Um pé d’agua ataca a Vila Madalena. Sem dó. Nem a pau vou sair nessa chuva para andar os dois quarteirões que separam o número 1008 da Mourato Coelho para o tal do Mercearia.

22:30: Depois de um papinho com os avós, e ainda vestido nas roupas de trabalho, tomo coragem de ver como andava a rua. Hum... Acho que agora dá!

Sem chuva, vou até o tal do Mercearia.

Crendo no sono da namorada, a mesma saí do palco como personagem real.

Reconheço o local. Foi aniversário do Lala´s no local há sei lá quanto tempo (2 anos, quero crer).

Entra no palco a personagem fictícia.

22:35: Chegando na balada, a inevitável pergunta de nossa personagem número 2: A ex/atual esposa do diretor. E a pergunta fatídica: Hum... Cadê sua namorada?

OK. Varinhas de condão em posse, começam as histórias: Falei que era um jantar e tal. Não lembrava desse lugar.

22:40 Entra o Gerente, sorrindo, com piadas “fechadas” com o Diretor. A personagem número dois se questiona do que é que estão falando.

20:30 (repare no horário) Ligo para o Gerente: “E aí, qual é o endereço do lugar”. Escuto um endereço totalmente sem relação ao do convite. O melhor que sai da conversa é: “Estou num” casa-de-entretenimento-masculino.

22:40 Entra o Gerente, sorrindo, com piadas “fechadas” com o Diretor. A personagem número dois se questiona do que é que estão falando.

A festa continua. Eu vou ficando cada vez mais esperto.

Uma ou outra brecha. O Diretor emenda um “estão no Sacha”. Pronto. Virei comida para peixe. Foi uma das linhas tortas.

A personagem número dois perguntou novamente.

Minha personagem fictícia ficou puta. Ligou-me e não sabia onde eu estava. Deu “chilique”, pitty, e outros.

A propósito: para o memorando de aperfeiçoamento de imagem, anexar: Não demonstrar a imagem de Pitty/Chiliquento que eu carrego atualmente.

23:00: A banda recusa-se a tocar, depois de briga entre a mesma e a casa.

23:20: O Gerente Sênior chega. Cheirando a banho. De “casa de entretenimento masculino”.

23:21: Me lembrem de me preocupar menos em sentir o cheiro das pessoas.

23:30: A banda volta a tocar.

Algum lugar, enquanto isso, existiu um post dizendo “uma casa chamada ‘big four’”. Mas ficou chato, depois de pensar um pouco. O resumo desse post (que nunca existiu) era algo como “o fantástico micro cosmos das empresas de auditoria”. No final, não levava a nada, e resumia-se à: 1) Pessoas que você re-encontrava 2) Nostalgia de pessoas de empresa que levava ao termo “big four” para “big five”. 3) Ver que umas melhoravam, e outras pioravam (válido para a segunda premissa – só para não se comprometer [??]).

24:00 A idéia do cheiro do banho, mais a minha fome, mais blá blá blá, levou ao Diretor ver ao vosso escrevente como um risco. Principalmente na piada dizendo “as festas do [o Diretor] são ‘entretenimento masculino’”, não são?”

Circo armado.

Blá blá blá (porque o ato 2 não interessa aqui)

Bom, a namorada fictícia foi de fundamental importância para brigar comigo para confortar a personagem número dois. E o pior “o Diretor”, talvez, algum dia, veja isso. De lição de casa: contar para a namorada real o que aconteceu de fato, e esperar alguma chinelada na orelha. Algo do tipo: “a hora em que você viu a balada, bem que você poderia ter me ligado”. Bom, ainda tenho o Zap do “Sambão” na manga (um dia eu conto).

Nah! Deixa para lá! Ele está bêbado. Saída para a direita.

Falei abobrinha a noite toda, e não jantei. Queimei o filme, e fui “o problema”.

Lembrar de comer aquele cachorro quente gostoso antes de entrar na balada. E nada de balada com dor de barriga.

Aí quando eu conto que 1) Um saiu de big 4 por, e 2) a outra fez mestrado de Teologia. E 3) Descobri alguém que tomou multa por andar com calçado inadequado 5 minutos depois que você recomendou que não dirigisse de salto (quantas pessoas você conhece que tomou essa multa??) ninguém acredita?

Férias. Já. Sozinho. No Tibet.

Acertou quantos?:
Nossa, BBK, dessa vez vc se superou, eu não entendi NADA!
 
É por isso que está na série "drunk writing" :-)

E o melhor: estou lendo hoje, e já vi que está carregado de erros... Desencana! Tento explicar a noite :-D

Um beijo,

IEU
 
O que tudo isso quer dizer??? Edição por favor!
 
Isso não quer dizer nada. Isso só significa que não se deve escrever bêbado. É um experimento científico... Uma diarréia mental. É a lógica do bêbado. E serve para ser contemplado sem ser questionado!! Um artista nunca deve explicar sua obra, certo?

:-D

Um abraço,

BBK
 
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