terça-feira, julho 18, 2006

 

Segunda na Pizzaria

Mas que caralho!!

Estou eu escrevendo bêbado novamente à 1:14 da manhã de uma segunda-feira em Jaguariúna?
Eu estou escrevendo para dizer que escrever bêbado é uma coisa legal.
De repente, isso pode virar um vício. O que é perigoso.

Mas, na verdade, é só para dizer que a máxima de hoje é: quem bebe cerveja tem mais história para contar.

A história de hoje é sobre como eu fui convidado a fazer compras em uma farmácia no centro da cidade.

Passado às 10:00 da noite, de nossa turma de 7 pessoas que havia discutido sobre como a mulher pode ou não ser sexy, sendo ou não brasileira, 4 deserdaram. Entre eles: a única mulher da mesa, meu cliente, um cara com o sobrenome Vassalo (juro que não estou de sacanagem) e um outro, dono do carro. Que cenário, não?

O outro dono do carro era eu.

Bom, além de mim, ficaram os outros dois que resolveram beber cerveja, e por isso da história.

Os três continuaram nas Serra Malte, cerveja que, se pans, é a mais bebível de meu lovely client.

Eu e o número 1 temos posições hierárquicas semelhantes. O número 2 é treinee do outro. Não vou discutir a importância dessa informação aqui.

Estávamos em uma pizzaria, onde a conta já havia sido fechada quando os 4 demais foram embora. Bebíamos a saideira grátis.

Eu e o número 1 discutimos sobre as políticas de nossa empresa e a estratégia de como o negócio é conduzido por nossos líderes. Em resumo: reclamamos um ao outro de nosso chefe. Sem grandes notícias aqui.

No fundo, tocava um violão e cantava um quarentão bem afinado, como em música de barzinho, com grandes sucessos esquecidos do passado.

Sem que eu percebesse, o número 1 começou a pedir mais cerveja. Reabríamos a conta. Conta aberta, encha o copo!

Mais conversa. O número 2 prestava atenção no que nós falávamos. Teorizávamos, em hipóteses impossíveis e, novamente, sem grandes novidades.

A música parou por um instante de ser transmitida via sistema de som ambiente. Vejo o violonista em um outro lugar, que não aquele em que estava, re-iniciar sua música.

Reparo no lugar e vejo diversas mesas vazias, contas fechadas e garçons sentados. A vassoura estava atrás da porta!
Porém, o músico continuou com suas músicas esquecidas de sucesso, intercalando-as com Raul. (Ah! É! De fato, depois de Raul, sempre tem alguém que pede para tocar Legião.)

Bom, sei lá qual era a música que tocava. De certo, trilha sonora do Forest Gump, CD este que já está gasto no meu carro. (Ah! E estou com uma picapete tão folgada que até pedir para trocar o CD do carro ela já pediu! Dá-me forças!)

Ficou faltando “Sweet Home Alabama”do Lynrd Skynrd para fechar. Ele emendou na anterior um Raul de letra fácil. Não me pergunte qual era a música: já esqueci.

Começamos a assobiar e a batucar na mesa.

Alguém chamou a gente para participar da cantoria de Raul:

– Vamos aê!

Desarrumamos as mesas mais próximas de onde o grupo se reunia. Detalhe: Era só o violonista, um bigodudo, um gorducho, um mineiro vestido de camisa Lacoste falsificada rosa e o farmacêutico.

Tá bom... Eu já meio “passado” e sentido a necessidade de ouvir “Sweet Home Alabama” peço-a, timidamente. Os receptores entendem “La Bamba”. Deus!

De repente (novamente, marca-se o momento em que algo não tanto crível acontece) o violão vem parar em minha mão.

Caiu a casa! Varias vozes fazendo vários pedidos: O bigodudo quer música italiano, o gorducho quer música do Pink Floyd, o mineiro quer Wish You’re Here (que não deixa de ser Pink Floyd) e depois desiste pedindo Legião, o farmacêutico quer um sambinha.

Mas que diabos, eu só sei toca Mamonas Assassinas de cor! Lembrei de Another Brick in the Wall, com seu piegas ré menor repetido à exaustão. Dou uma salvada na alma mandando essa facinha.

Vira, toco “La Bamba”. Vira de novo e acabo nos Mamonas. Descubro que o número um sabia alguma coisa de violão... Quem diria! E ele já tinha me colocado em cada fria...

Desisto, por fim, do violão. Sabe como é: Músico que não tem outro emprego não come. E, assim sendo, o violonista desiste e vai embora.

Sobrando somente nossas vozes, começamos a conversar com os remanescentes daquele grupo tão espectador dos músicos (o violonista e eu).

O farmacêutico adota o número 2, com uma conversa que só Deus sabe o que passou ali. Participo, depois do “encape” do violão, da conversa. Elogio, com razão, a beleza da cidade que construíram. Conquisto o espectador. Teorizo sobre assuntos de bêbados.

Por fim, após uma passagem no banheiro, inicio meu ritual de adeus àqueles novos e estranhos amigos.

Ao bigodudo, comento da dívida da “Tarantella”. Ao gorducho, quem mais exigiu de qualidade de música, cobro a do “Lynrd Skynrd” (Tá escrito certo??).

Pára, por fim, no farmacêutico que adora sua cidade. Conversamos na porta. Número 1 e 2 já estão perto do carro. Depois da cantoria e o final da bagunça a qual nos envolvemos, e na porta me despeço com o desejo de não ter que ir até a farmácia:

– Não quero ir até sua farmácia: Se eu for a sua farmácia, significaria que estaria doente. Longe disso!

Sem titubear, “na lata”, já me devolveu: – Vai lá e compra uns Viagras! Check-mate para mim? Nah!

– Eu hein? – Devolvi: – Até vou lá para comprar um Engov ou Ollas. Nada mais que isso!

Assim sendo, recebi meu convide para fazer compras em uma farmácia no centro de Jaguariúna.



Pedras em formato de abridor de garrafas,

BBK

Acertou quantos?:
Uma pergunta: qual era o nome do bar?

Amplexos!
 
Sei lá... Um boteco fuleiro de Campinas... Nem era digno de nota... :-D
 
Corrigindo... Depois de muito tempo, e graça a tia Rosi:

A pizzaria chama-se Mingue e Aliche.

Acho que isso...

Abraço
 
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