quarta-feira, janeiro 04, 2006
Contabilidade 4: Inventários
Queridos alunos,
Recebi algumas indagações a respeito da nossa primeira aula, que pareceu um tanto complicada. Aproveitando essa época do ano, e as dúvidas que recebi, vou tentar estender o assunto a respeito dos inventários de final de ano. Vou aproveitar para ensiná-los como vender uma empresa no final de um ano e ainda ganhar um extra em produtos.
Sabe como é, começo de ano, sempre temos os incríveis e maçantes inventários. Normalmente, quando se faz uma operação de compra-e-venda de empresas, o corte de Dezembro é quase obrigatório.
Contrata-se empresas de auditorias, onde uma representará o comprador e o outro o vendedor.
Você, ilustre aluno, encontra-se na parte a ser vendida.
Os acordos, normalmente, constituem de projeções sobre aquilo que será vendido. O valor é fixado anterior ao fechamento, sempre colocando um "estoque esperado" na data de fechamento.
Como é amplamente sabido, uma empresa não é vendida pelos seus ativos que possui, mas sim o valor que é capaz de gerar futuramente. Assim sendo, o montante de estoque existente na data corte não faz parte fundamental do preço da empresa, e sim as vendas realizadas.
Espera um pouco: Se são as vendas que são importantes, porque sua preocupação com o estoque, e, mais especificamente com o inventário?
Simples: se você, que está vendendo uma empresa não tiver alcançado as vendas esperadas, e tentar, digamos, criar vendas, o auditor mais, com o perdão da palavra, babaca do mundo vai ser capaz de verificar que a venda foi feita de um produto que ainda está em estoque.
Bom, nossa recomendação é a seguinte: Venda o produto. Emita a nota fiscal. Mas faça pulverizado, e para pequenos clientes. Ou ainda, monte uma empresa (custa uns 200 reais com qualquer contador por aí) e receba os produtos.
Perfeito, e o que eu faço com os produtos? Duas opções:
- A menos favorável, mas mais economicamente viável é utilizar-se de containeres e deixa-los fora de seu armazém. Segregue-os indicando como material de sucata. Um auditor um pouco mais hábil pode questionar tal material.
- A solução mais favorável, porém mais custosa é colocar esses itens num armazém terceirizado (não pague com a empresa vendida, afinal, você não quer ver essa nota fiscal registrada nesse balanço, né?)
Nossa grande lição é de como ganhar um extra na operação: Como não existem maiores preocupações com o estoque na data corte, e caso as vendas não precise de outros auxílios, tomando benefício do inventário, é utilizar-se da saída por sucata desses itens em boas condições. É claro que isso será feito antes do inventário, e muito mais claro que sua mais nova empresa seja uma recuperadora de sucatas. Muda-se os códigos de produtos, e a sucata que era matéria-prima virou produto acabado em sua empresa, prontinha para ser vendida como produtos que recolherão todos os impostos para o governo.
Uma pedra,
BuBKa
Recebi algumas indagações a respeito da nossa primeira aula, que pareceu um tanto complicada. Aproveitando essa época do ano, e as dúvidas que recebi, vou tentar estender o assunto a respeito dos inventários de final de ano. Vou aproveitar para ensiná-los como vender uma empresa no final de um ano e ainda ganhar um extra em produtos.
Sabe como é, começo de ano, sempre temos os incríveis e maçantes inventários. Normalmente, quando se faz uma operação de compra-e-venda de empresas, o corte de Dezembro é quase obrigatório.
Contrata-se empresas de auditorias, onde uma representará o comprador e o outro o vendedor.
Você, ilustre aluno, encontra-se na parte a ser vendida.
Os acordos, normalmente, constituem de projeções sobre aquilo que será vendido. O valor é fixado anterior ao fechamento, sempre colocando um "estoque esperado" na data de fechamento.
Como é amplamente sabido, uma empresa não é vendida pelos seus ativos que possui, mas sim o valor que é capaz de gerar futuramente. Assim sendo, o montante de estoque existente na data corte não faz parte fundamental do preço da empresa, e sim as vendas realizadas.
Espera um pouco: Se são as vendas que são importantes, porque sua preocupação com o estoque, e, mais especificamente com o inventário?
Simples: se você, que está vendendo uma empresa não tiver alcançado as vendas esperadas, e tentar, digamos, criar vendas, o auditor mais, com o perdão da palavra, babaca do mundo vai ser capaz de verificar que a venda foi feita de um produto que ainda está em estoque.
Bom, nossa recomendação é a seguinte: Venda o produto. Emita a nota fiscal. Mas faça pulverizado, e para pequenos clientes. Ou ainda, monte uma empresa (custa uns 200 reais com qualquer contador por aí) e receba os produtos.
Perfeito, e o que eu faço com os produtos? Duas opções:
- A menos favorável, mas mais economicamente viável é utilizar-se de containeres e deixa-los fora de seu armazém. Segregue-os indicando como material de sucata. Um auditor um pouco mais hábil pode questionar tal material.
- A solução mais favorável, porém mais custosa é colocar esses itens num armazém terceirizado (não pague com a empresa vendida, afinal, você não quer ver essa nota fiscal registrada nesse balanço, né?)
Nossa grande lição é de como ganhar um extra na operação: Como não existem maiores preocupações com o estoque na data corte, e caso as vendas não precise de outros auxílios, tomando benefício do inventário, é utilizar-se da saída por sucata desses itens em boas condições. É claro que isso será feito antes do inventário, e muito mais claro que sua mais nova empresa seja uma recuperadora de sucatas. Muda-se os códigos de produtos, e a sucata que era matéria-prima virou produto acabado em sua empresa, prontinha para ser vendida como produtos que recolherão todos os impostos para o governo.
Uma pedra,
BuBKa