terça-feira, novembro 07, 2006
Teoria do Terceiro Nível de Pensamento
Era uma vez... Eu, que iria escrever um livro. Mas como as idéias, a cada vez que eu lia, eu achava uma porcaria, desisti. Então, tenho uns capítulos avulsos que são todos uma droga, carregados de preconceito e outros problemas em ser "politicamente correto" e que vou submeter você à leitura. Esse deve ser o primeiro de uma série de alguns... Pura preguiça de contar...
Teoria do Terceiro Nível de Pensamento
Quão complexo podemos pensar? Foi essa pergunta que levantei semanas atrás. Já faz algum tempo em sentimos nossa mente raciocinando, certo? Mas será que há diferenças no pensar? Na agilidade mental? No processamento de informação? Aqui não pretendo responder a todas essas questões, e sim levantar mais dúvidas sobre os níveis do pensar.
O primeiro nível, que quero deixar aqui explicito, é o nível que chamo de troco de ônibus: O passageiro me dá um real, a passagem é 90 centavos, o troco são 10 centavos. Esse primeiro nível do pensar é o de lógica simples, sem grande complexidade. Não há necessidade de anotações mnemônicas, nem do grande armazenamento de muita informação. Na matemática seria como resolver uma equação, em termos simples:
Esse tipo de pensamento é aquele que todas as pessoas usam para, no mínimo, receber, ironicamente, um salário mínimo. Com esse tipo de pensamento, fazemos a grande maioria das coisas: limpeza da casa, almoço, comunicação primária, muitas vezes trabalhamos só com esse tipo de pensar. Seria como uma máquina de calcular.
Esse sistema de raciocínio básico se daria por um sistema do tipo:
Todo homem é mortal.
João é um homem.
Logo, João é mortal.
Essa lógica é a mais simples. Esse é o tipo de manipulação mental que quero, mais uma vez, exemplificar.
Um certo dia estava na loja de meu pai. Uma faxineira do local conversava com meu pai e comigo. Ela sabia que eu esta indo para o cursinho e me perguntava a respeito das faculdades. Suas perguntas estavam ainda no primeiro nível de pensamento, com perguntas rápidas, que não exigiam muito do cérebro. Perguntas do tipo:
Quando foi a primeira prova? - Domingo passado.
E assim por diante. Porém, além de travar esse diálogo, meu pai e eu travávamos outro a respeito da própria loja. Era um diálogo relativamente simples, a respeito de manuais de instrução em inglês.
Eu e meu pai nos entendíamos, ao mesmo tempo em que conversávamos com a empregada. Porém ela ficou de fora dessa conversa. Não sei se não houve interesse, ou o que foi, só sei que ela limitou-se a fazer suas perguntas diretas. Mas foi naquele momento, ao conversar com duas pessoas ao mesmo tempo, sobre dois assuntos divergentes, com duas linhas de pensamento separadas que percebi que atingi o segundo nível do pensar. Mas você já deve estar pensando: Se ele mantiver essa regra, o terceiro nível é três linhas de pensamento ao mesmo tempo.
Pois é: Tempo! É isso que quero também mostrar. Poucos sabem, mas eu fui professor de Inglês por um pequeno período na minha vida. Por aí vocês devem imaginar que eu tenho um certo conhecimento da língua. O que acontece é que eu estava usando esse conhecimento ao mesmo tempo em que travava o diálogo com a faxineira. O leitor ainda pode achar: eram duas linhas de pensamento fáceis. Errado. A conversa com a empregada sim, mas com meu pai, não. Meu pai é engenheiro e, na minha opinião, é um dos poucos na minha família que atingiu o segundo nível de raciocínio.
Voltemos ao tempo: Agora imagine uma tradução bem exigida, com explicações e uma conversa ao mesmo tempo, sendo que ambas exigiam memória. Isso sem pausas! Era meu pai perguntando sobre o manual e a faxineira sobre os vestibulares.
Nesse dia senti o segundo nível de raciocínio.
Ainda em torno do segundo nível, há uma certa dúvida sobre o que seria ele. por uma certa regra, seria na matemática, algo como uma equação de segundo grau à ser resolvida sem usar lápis.
O segundo nível trataria de um pensamento mais elaborado, sem que haja recursos para simplificação, onde o pensamento é até sentindo passar pelo cérebro.
O terceiro nível é o nível poético. Não poético no sentido de que os poetas os fez sentir. Esse terceiro nível é o raciocínio, por enquanto, divino. Seria um pensamento muito mais complexo e filosófico do que se tem hoje. Nesse pensamento, teremos, ao mesmo tempo a criação, a argumentação, a memória, a abstração, a concretização e a comunicação (o fazer entender), mas tudo isso num só instante, sem direito a anotar as idéias, pensar, criar e liberar. Toda essa atividade cerebral deve sair numa só vez, sem ter tempo para pensar. Além disso, deve-se desenvolver várias linhas de raciocínio ao mesmo tempo.
Este terceiro nível se difere do instinto, pois o material que nos faz convencer não vem do nosso id da psicologia, e sim de material armazenado e cruzado no nosso subconsciente. É quase que um sonhar acordado, entorpecido pela realidade, e não pelo sonho. A realidade é que se torce à nossa mente, e não o contrário.
Na matemática, é descobrir o valor de i lembrando que i2=-1. Caso descubra isso, bem provável que esteja perto do 3o nível. Caso não lembrem essa teoria, ela era a respeito dos números irreais, aqueles que existem, mas estão num plano diferente do natural.
Acredito que já tivemos homens que tenham chego nesse nível do pensar. Na minha mente, vem dois nomes: Sócrates e Leonardo Da Vinci. Tanto um como outro causaram saltos quantitativos à nossa humanidade. E é como eles que todos nós deveríamos ser.
Teoria do Terceiro Nível de Pensamento
Quão complexo podemos pensar? Foi essa pergunta que levantei semanas atrás. Já faz algum tempo em sentimos nossa mente raciocinando, certo? Mas será que há diferenças no pensar? Na agilidade mental? No processamento de informação? Aqui não pretendo responder a todas essas questões, e sim levantar mais dúvidas sobre os níveis do pensar.
O primeiro nível, que quero deixar aqui explicito, é o nível que chamo de troco de ônibus: O passageiro me dá um real, a passagem é 90 centavos, o troco são 10 centavos. Esse primeiro nível do pensar é o de lógica simples, sem grande complexidade. Não há necessidade de anotações mnemônicas, nem do grande armazenamento de muita informação. Na matemática seria como resolver uma equação, em termos simples:
Esse tipo de pensamento é aquele que todas as pessoas usam para, no mínimo, receber, ironicamente, um salário mínimo. Com esse tipo de pensamento, fazemos a grande maioria das coisas: limpeza da casa, almoço, comunicação primária, muitas vezes trabalhamos só com esse tipo de pensar. Seria como uma máquina de calcular.
Esse sistema de raciocínio básico se daria por um sistema do tipo:
Todo homem é mortal.
João é um homem.
Logo, João é mortal.
Essa lógica é a mais simples. Esse é o tipo de manipulação mental que quero, mais uma vez, exemplificar.
Um certo dia estava na loja de meu pai. Uma faxineira do local conversava com meu pai e comigo. Ela sabia que eu esta indo para o cursinho e me perguntava a respeito das faculdades. Suas perguntas estavam ainda no primeiro nível de pensamento, com perguntas rápidas, que não exigiam muito do cérebro. Perguntas do tipo:
Quando foi a primeira prova? - Domingo passado.
E assim por diante. Porém, além de travar esse diálogo, meu pai e eu travávamos outro a respeito da própria loja. Era um diálogo relativamente simples, a respeito de manuais de instrução em inglês.
Eu e meu pai nos entendíamos, ao mesmo tempo em que conversávamos com a empregada. Porém ela ficou de fora dessa conversa. Não sei se não houve interesse, ou o que foi, só sei que ela limitou-se a fazer suas perguntas diretas. Mas foi naquele momento, ao conversar com duas pessoas ao mesmo tempo, sobre dois assuntos divergentes, com duas linhas de pensamento separadas que percebi que atingi o segundo nível do pensar. Mas você já deve estar pensando: Se ele mantiver essa regra, o terceiro nível é três linhas de pensamento ao mesmo tempo.
Pois é: Tempo! É isso que quero também mostrar. Poucos sabem, mas eu fui professor de Inglês por um pequeno período na minha vida. Por aí vocês devem imaginar que eu tenho um certo conhecimento da língua. O que acontece é que eu estava usando esse conhecimento ao mesmo tempo em que travava o diálogo com a faxineira. O leitor ainda pode achar: eram duas linhas de pensamento fáceis. Errado. A conversa com a empregada sim, mas com meu pai, não. Meu pai é engenheiro e, na minha opinião, é um dos poucos na minha família que atingiu o segundo nível de raciocínio.
Voltemos ao tempo: Agora imagine uma tradução bem exigida, com explicações e uma conversa ao mesmo tempo, sendo que ambas exigiam memória. Isso sem pausas! Era meu pai perguntando sobre o manual e a faxineira sobre os vestibulares.
Nesse dia senti o segundo nível de raciocínio.
Ainda em torno do segundo nível, há uma certa dúvida sobre o que seria ele. por uma certa regra, seria na matemática, algo como uma equação de segundo grau à ser resolvida sem usar lápis.
O segundo nível trataria de um pensamento mais elaborado, sem que haja recursos para simplificação, onde o pensamento é até sentindo passar pelo cérebro.
O terceiro nível é o nível poético. Não poético no sentido de que os poetas os fez sentir. Esse terceiro nível é o raciocínio, por enquanto, divino. Seria um pensamento muito mais complexo e filosófico do que se tem hoje. Nesse pensamento, teremos, ao mesmo tempo a criação, a argumentação, a memória, a abstração, a concretização e a comunicação (o fazer entender), mas tudo isso num só instante, sem direito a anotar as idéias, pensar, criar e liberar. Toda essa atividade cerebral deve sair numa só vez, sem ter tempo para pensar. Além disso, deve-se desenvolver várias linhas de raciocínio ao mesmo tempo.
Este terceiro nível se difere do instinto, pois o material que nos faz convencer não vem do nosso id da psicologia, e sim de material armazenado e cruzado no nosso subconsciente. É quase que um sonhar acordado, entorpecido pela realidade, e não pelo sonho. A realidade é que se torce à nossa mente, e não o contrário.
Na matemática, é descobrir o valor de i lembrando que i2=-1. Caso descubra isso, bem provável que esteja perto do 3o nível. Caso não lembrem essa teoria, ela era a respeito dos números irreais, aqueles que existem, mas estão num plano diferente do natural.
Acredito que já tivemos homens que tenham chego nesse nível do pensar. Na minha mente, vem dois nomes: Sócrates e Leonardo Da Vinci. Tanto um como outro causaram saltos quantitativos à nossa humanidade. E é como eles que todos nós deveríamos ser.