terça-feira, junho 20, 2006
Expatriados Brasileiros – Bandeirantes do século XXI
Abaixo, segue um texto que, estando bêbado e cansado resolvi escrever a respeito dos brasileiros expatriados na condição de classe dominante frente à um povo. A graça do texto não está tanto quanto ao conteúdo, e sim a bizarra forma com que ele se desenrolou, sem muito senso e, ainda por fim, o arquivo deu um dos paus mais loucos que eu vi na minha vida, não sendo nunca concluído.
Pode ser que, quem sabe, um dia, eu faça um catado do texto e reescreva-o. Por enquanto, é só isso mesmo. Acho que dá para fazer um livro inteiro sobre o assunto.
Pedrinhas.
Primeiramente, às ressalvas: não consideramos àqueles que não trabalham para multinacional que não são brasileiras. Já estamos cansados desse assunto, e o que busco discorrer é a respeito dos expatriados dignamente de uma empresa brasileira.
Na República Dominicana, uma empresa conhecida por suas marcas brasileiras sofre para obter uma fatia de mercado em produtos de consumo. Uma marca como “Brahma” ainda faz parte do chamado “outra cervejas” numa análise de Market Share. O mais curioso é a gestão dessa empresa localmente.
Ainda como uma empresa local, as parte que estão envolvidas na propagação da marca sofrem com o complexo de “Impávido Colosso”, termo, este, cunhado por um escritor peruano, ainda sem a maior importância.
O comportamento do brasileiro no exterior, quando possui a “faca e o queijo”, ainda é jovem e incapaz. Assim como outros expatriados, o brasileiro, quando defende as suas bandeiras/cultura, ainda está em sua infância. Acredita, inocentemente, que sua opinião, seu método de trabalho, seus objetivos de vida, são os mesmos de outros países.
Em nosso trabalho na República Dominicana, como conversamos com o gerente de fábrica da AmBev, é importantíssimo o reconhecimento pessoal perante aos pares. Esse reconhecimento é, inclusive, mais importante que o reconhecimento financeiro. Um gerente de fábrica pedir a atenção para todos e dizer que “fulando-de-tal” é “o melhor em xpto” demonstra um reconhecimento único que não tem salário que o pague.
Coisas como “honra” e “religião” ainda serão aprendidas pelas empresas brasileiras – e, em especial, a AmBev – em como gerenciar seu próprio pessoal e fazer estratégias de marketing ao publico alvo.
O “Impávido Colosso” infelizmente ainda está trilhando um infame caminho dos norte-americanos. Nós estamos colocando nossas marcas, como Bauducco e Garoto (está última ainda em seus últimos suspiros tupiniquins) goela a baixo, como popularmente dizemos.
Não estamos ainda adaptando aos sabores locais. Não respeitamos as culturas locais e mal sabemos vender nossos produtos originais para os locais.
Na República Dominicana, onde exerci meu trabalho, a AmBev, através dos brasileiros trabalhando localmente, mostrou-se desconhecedora da cultura local, na figura de seu gerente de fábrica, que quis implantar uma cultura democrática em um país aonde ainda se vivia um “coronelismo” mais acirrado que no interior do nordeste (para os brasileiros menos informados: a Rep. Dominicana teve diversos domínios, inclusive o americano, tornando-se independente nos anos 40 e sofrendo com diversas ditaduras até os anos 70 – ou, ainda com se diz, uma república de bananas). A democracia nas decisões empresarias ainda não funcionam, sendo que os brasileiros ainda estão aprendendo que os domenicanos preferem receber ordens do que pensar por si próprios ou tomar iniciativas.
Caóticamente falando, os brasileiros ainda não compreendem o impacto de sua cultura mundo a fora. Conversar com um expatriado é chegar sempre na mesma conclusão. Patrioticamente discursando, os expatriados são loucos para voltarem ao caos de nosso país. Em um discurso patriótico, os expatriados morrem de vontade de voltar ao Brasil, e, ao voltarem, hão de reclamar do país, como todo bom brasileiro.
Nossas empresas ainda não compreendem o charme que nosso país tem.
Elas não sabem o que vende em outros países, e, talvez, salvo as “Havaianas”, que, em minha opinão, foi vitima do “acaso ou do-tiro-no-escuro-com-a-Gisele-Büchen” as empresas brasileiras ainda não souberam como contabilizar a cultura que estamos exportando.
“O Brasil, pá, isto é um continente” dizem os portugueses, que fazem inveja de nossas 20 e poucas fábricas de automóveis.
A distância entre nossa cultura, e nosso poderio econômico é simplesmente gigantesco. A parte mais difícil, do convencimento que o Brasil é um país “legal” já cumprimos. Pô, em Bangladesh tem gente que é capaz de escalar o Corinthians, coisa que eu, um paulistano-corinthiano-de-araque não sabe fazer. E pergunta se eu sei quem é o presidente de Bangladesh...
Todos os “crimes” que dizemos a respeito dos americanos a respeito de não saber geografia, e cultura geral, vejo os brasileiro cometendo. “Aonde fica a Rep. Dominicana”? Ninguém sabe. Agora, se passeia pela rua, você há de ver: pessoas vestindo a camisa de nossa seleção, restaurantes brasileiros, entre outros. Um dos pratos mais caros, depois de todos os italianos e franceses do cardápio é, isoladamente e único, o “churasco brassileiro”, com dois “esses”. Indiscutivelmente o prato mais caro que se pode pedir em um restaurante por aqui.
Os expatriados brasileiros, para voltar ao tema, ainda estão buscando as coisas originais de seu país. Ainda vão aprender que, mesmo com todo o dinheiro que uma grande empresa brasileira possa te dar, não será suficiente para que tenha as mesmas coisas que tinha em seu país.
Hoje, caminhado pelas ruas de Santo Domingo havia um vendedor de caldo de cana. Estava em um grupo de quatro pessoas, todas morrendo de calor, loucos para bebê-lo. Porém a “insegurança-típica-de-quem-é-um-europeu-ou-americano-e-está-visitando-a-um-pvisitando-ao-no-e-estor, loucos para bebe-lo. a um vendedor de caldo de cana. sa te dar, nitaduras at gerente de f
Pode ser que, quem sabe, um dia, eu faça um catado do texto e reescreva-o. Por enquanto, é só isso mesmo. Acho que dá para fazer um livro inteiro sobre o assunto.
Pedrinhas.
Primeiramente, às ressalvas: não consideramos àqueles que não trabalham para multinacional que não são brasileiras. Já estamos cansados desse assunto, e o que busco discorrer é a respeito dos expatriados dignamente de uma empresa brasileira.
Na República Dominicana, uma empresa conhecida por suas marcas brasileiras sofre para obter uma fatia de mercado em produtos de consumo. Uma marca como “Brahma” ainda faz parte do chamado “outra cervejas” numa análise de Market Share. O mais curioso é a gestão dessa empresa localmente.
Ainda como uma empresa local, as parte que estão envolvidas na propagação da marca sofrem com o complexo de “Impávido Colosso”, termo, este, cunhado por um escritor peruano, ainda sem a maior importância.
O comportamento do brasileiro no exterior, quando possui a “faca e o queijo”, ainda é jovem e incapaz. Assim como outros expatriados, o brasileiro, quando defende as suas bandeiras/cultura, ainda está em sua infância. Acredita, inocentemente, que sua opinião, seu método de trabalho, seus objetivos de vida, são os mesmos de outros países.
Em nosso trabalho na República Dominicana, como conversamos com o gerente de fábrica da AmBev, é importantíssimo o reconhecimento pessoal perante aos pares. Esse reconhecimento é, inclusive, mais importante que o reconhecimento financeiro. Um gerente de fábrica pedir a atenção para todos e dizer que “fulando-de-tal” é “o melhor em xpto” demonstra um reconhecimento único que não tem salário que o pague.
Coisas como “honra” e “religião” ainda serão aprendidas pelas empresas brasileiras – e, em especial, a AmBev – em como gerenciar seu próprio pessoal e fazer estratégias de marketing ao publico alvo.
O “Impávido Colosso” infelizmente ainda está trilhando um infame caminho dos norte-americanos. Nós estamos colocando nossas marcas, como Bauducco e Garoto (está última ainda em seus últimos suspiros tupiniquins) goela a baixo, como popularmente dizemos.
Não estamos ainda adaptando aos sabores locais. Não respeitamos as culturas locais e mal sabemos vender nossos produtos originais para os locais.
Na República Dominicana, onde exerci meu trabalho, a AmBev, através dos brasileiros trabalhando localmente, mostrou-se desconhecedora da cultura local, na figura de seu gerente de fábrica, que quis implantar uma cultura democrática em um país aonde ainda se vivia um “coronelismo” mais acirrado que no interior do nordeste (para os brasileiros menos informados: a Rep. Dominicana teve diversos domínios, inclusive o americano, tornando-se independente nos anos 40 e sofrendo com diversas ditaduras até os anos 70 – ou, ainda com se diz, uma república de bananas). A democracia nas decisões empresarias ainda não funcionam, sendo que os brasileiros ainda estão aprendendo que os domenicanos preferem receber ordens do que pensar por si próprios ou tomar iniciativas.
Caóticamente falando, os brasileiros ainda não compreendem o impacto de sua cultura mundo a fora. Conversar com um expatriado é chegar sempre na mesma conclusão. Patrioticamente discursando, os expatriados são loucos para voltarem ao caos de nosso país. Em um discurso patriótico, os expatriados morrem de vontade de voltar ao Brasil, e, ao voltarem, hão de reclamar do país, como todo bom brasileiro.
Nossas empresas ainda não compreendem o charme que nosso país tem.
Elas não sabem o que vende em outros países, e, talvez, salvo as “Havaianas”, que, em minha opinão, foi vitima do “acaso ou do-tiro-no-escuro-com-a-Gisele-Büchen” as empresas brasileiras ainda não souberam como contabilizar a cultura que estamos exportando.
“O Brasil, pá, isto é um continente” dizem os portugueses, que fazem inveja de nossas 20 e poucas fábricas de automóveis.
A distância entre nossa cultura, e nosso poderio econômico é simplesmente gigantesco. A parte mais difícil, do convencimento que o Brasil é um país “legal” já cumprimos. Pô, em Bangladesh tem gente que é capaz de escalar o Corinthians, coisa que eu, um paulistano-corinthiano-de-araque não sabe fazer. E pergunta se eu sei quem é o presidente de Bangladesh...
Todos os “crimes” que dizemos a respeito dos americanos a respeito de não saber geografia, e cultura geral, vejo os brasileiro cometendo. “Aonde fica a Rep. Dominicana”? Ninguém sabe. Agora, se passeia pela rua, você há de ver: pessoas vestindo a camisa de nossa seleção, restaurantes brasileiros, entre outros. Um dos pratos mais caros, depois de todos os italianos e franceses do cardápio é, isoladamente e único, o “churasco brassileiro”, com dois “esses”. Indiscutivelmente o prato mais caro que se pode pedir em um restaurante por aqui.
Os expatriados brasileiros, para voltar ao tema, ainda estão buscando as coisas originais de seu país. Ainda vão aprender que, mesmo com todo o dinheiro que uma grande empresa brasileira possa te dar, não será suficiente para que tenha as mesmas coisas que tinha em seu país.
Hoje, caminhado pelas ruas de Santo Domingo havia um vendedor de caldo de cana. Estava em um grupo de quatro pessoas, todas morrendo de calor, loucos para bebê-lo. Porém a “insegurança-típica-de-quem-é-um-europeu-ou-americano-e-está-visitando-a-um-pvisitando-ao-no-e-estor, loucos para bebe-lo. a um vendedor de caldo de cana. sa te dar, nitaduras at gerente de f